segunda-feira, 1 de julho de 2013

Interações


Para a pesquisa sobre interação, meu grupo escolheu obras de Theo Jansen e Karina Smigla-Bobinski


Strandbeest - Theo Jansen

Desde 1990, Theo Jansen vem criando novas formas de vida. São animais feitos de tubos amarelos de plástico (PVC), essa forma de esqueleto os faz capazes de andar com o vento (energia eólica), sem ter que se alimentar. Com o tempo, estes esqueletos têm se tornado cada vez melhores na sobrevivência às circunstancias naturais, como tempestades e água. O artista deseja, em um futuro não tão distante, colocar rebanhos desses animais nas praias, para assim eles conseguirem viver suas próprias vidas. Estas esculturas dinâmicas têm, em parte, o objetivo de quebrar as divisões entre a arte e a física e abrir a porta a novas formas artificiais de vida. 
 
A proporção complexa dos tubos é calculada por meio de fórmulas matemáticas complexas que dão a arte de Jansen suas qualidades cinéticas inspiradoras. Estas esculturas estão equipadas com um contador de passos e um detector de água, o seu contato com o mar ou qualquer outra água, por exemplo, leva a uma liberação de ar e protege a criatura de se perder entre as ondas. Enquanto as variações do vento ajudam ao esqueleto a se movimentar em diferentes direções. Estas peças de arte dinâmica tem inspiração nas formas mais simples encontradas na natureza, porém utiliza métodos e conceitos complexos na sua elaboração.
 
Características interessantes:
-Ao sentir uma tempestade se aproximar, ele se ancora na areia. Isto é possível, pois, existe um martelinho, no interior da estrutura, que ao bater nela, parte das pernas é enterrada na areia.
- As pernas semelhantes às de insetos são mais eficientes do que as rodas, pois eles não precisam tocar cada centímetro de terra em seu caminho.

Mecanismos de construção dos esqueletos:

Seus primeiros modelos só podiam andar a favor do vento, impulsionados por velas rígidas. Os modelos posteriores tiveram velas semelhantes a asas que forneciam propulsão independente da direção do vento. Os últimos modelos ainda utilizavam as vela, mas agora para armazenar ar comprimido que continua a impulsionar o mecanismo durante pausas curtas do vento.

O esqueleto, de tubos de plástico, está estruturado pelas ligação Jansen, simples ligações mecânicas que utilizam onze hastes unidas, transformando o movimento circular de uma manivela, em um movimento suave de um andar a pé. Oprocesso de criação desta estrutura foi algo complexo, ao ponto de Jansen ter que desenvolver um programa de computador para realizar os cálculos.
 




 
 
 
ADA - Karina Smigla-Bobinski
Um globo preenchido com uma combinação de hélio e ar, que flutua no interior de uma sala. É composto por uma membrana de silicone transparente e 300 pinos de carvão espalhados por toda sua superfície, que rabiscam as paredes, teto e piso, de modo autônomo, embora movida pelo visitante.
A obra é chamada de ADA em homenagem a Ada Lovelance, filha do poeta britânico Lord Byron, reconhecida no séc. XIX por ser a primeira programadora da historia. Ela teve a intenção de inventar uma maquina que seria capaz de criar obras de arte, por si só. Porém, o tal computador criativo nunca foi construído.
ADA é uma escultura-artista que atua criativamente, uma performance de uma maquina vital, uma obra de arte com alma. O visitante tenta controlar ADA, porém o resultado sempre é imprevisível. Os padrões de pontos e linhas, tão complexos, deixados pela interação entre a obra e os visitantes, são indecifráveis e sua decodificação apenas é disponível na imaginação e nos sonhos de cada um.


 


 

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